domingo, 6 de fevereiro de 2011

O som que vem de Mali

No começo dessa semana ouvi uma musica muito boa, de uma dupla chamada Amadou e Mariam e resolvi copiar todo o álbum para conhecer as músicas com mais calma. O resultado foi um encantamento inevitável com os elementos do som que eles fazem: a pegada de africanidade, diversidade de instrumentos e riqueza rítmica, causando uma dificuldade de localiza-los em um estilo musical, principalmente porque o álbum que ouvi, o Dimanche a Bamako, foi feito em parceria com Manu Chau, que da um toque rítmico de latinidade, tornando o som extremamente peculiar. Toda essa mistura me levou a fazer uma breve pesquisa sobre o casal, me deparando com um mundo da musica africana muito rico e que eu não conhecia, esbarrando em outros nomes de músicos africanos como Toumani Diabate e Ali Farka Toure entre outros, que dando uma rápida olhada no youtube, vi que vale a pena olhar com mais calma depois, mas voltando pro foco do dueto, resolvi compartilhar um pouco da história deles, aproveitando para colaborar com o blog.

O Amadou começou sua jornada musical aos 2 anos de idade, tocando percussão (vale mencionar um video que eu vi de um percussionista prodígio que por acaso é do mesmo país que a dupla), passando para a flauta com 10 anos e guitarra na adolescência. Em 1975 começou a freqüentar o Union Malliene dês Aveugles, um grupo para deficientes visuais, onde conhece a sua parceira, não só para a vida conjugal, mas para a vida musical. Amadou perdeu a visão com dezesseis anos e Mariam com cinco. Em 1986 começam sua jornada de turnes pela africa ocidental, mas sua porta de contato com o cenário internacional se deu com sua permanência em Paris para gravação do seu primeiro disco Se Te Djon Ye (precisamos dar uma conferida) e começa a parceria com Manu Chau em 2003 em Paris.

O Album Dimanche A Bamako tem uma pegada muito dançante e com temas políticos, de fraternidade e união.

Bamako é a cidade natal de ambos, e Mali é um país com muita força cultural, principalmente musical, pois tem uma resistencia muito vivificada pela oralidade. Os Griots, conhecidos também como guardiões da memória, tem a função de transmitir a história do seu país e eles são considerados Griots de seu povo.

Como já havia dito, conheci a pouco tempo e ainda estou procurando mais sobre eles, e estou indo caçar o primeiro álbum para conhecer melhor e apurar mais a degustação do som deles.

Essa postagem é mais uma dica e inspiração para quem quer conhecer essa mistura extremamente agradável e pesquisar um pouco sobre vi.


Quem quiser baixar o álbum Dimanche a Bamako é só clicar aqui.







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